A Política Nacional de Resíduos Sólidos, que será aprovada pelo Congresso Nacional até o ano que vem, deverá incluir a reciclagem energética como uma solução para a destinação final do lixo urbano, segundo o presidente do Instituto Socioambiental dos Plásticos (Plastivida), Francisco Esmeraldo. A tecnologia utiliza os resíduos que não conseguem ser reaproveitados no processo de reciclagem mecânica para a geração de energia em térmicas.
A alternativa de geração de energia resolveria ao mesmo tempo dois grandes problemas das grandes cidades: energia e destinação final do lixo. Atualmente são produzidos cerca de 61,6 milhões de toneladas de lixo urbano/ano. Deste total, 51 milhões de t são coletados e vão pra aterros sanitários (70%) e para lixões (30%). Os 10 milhões restantes vão pra natureza.
Para Esmeraldo, o Brasil está muito atrasado no que diz respeito a reciclagem energética e o lixo continua sendo um dos mais graves problemas ambientais existentes hoje. A recuperação de energia em processos de tratamento térmico do lixo urbano já é uma realidade em vários países do mundo. Cerca de 150 milhões de ton/ano de lixo urbano são destinados em mais de 850 instalações de combustão com geração de energia, adequadas às normas ambientais. São 35 países que utilizam essa tecnologia, gerando mais de 10.000MW de energia.
Países como a Suíça e Estados Unidos já adotaram a política de reaproveitamento e já transformam seu lixo em energia. No Japão, por exemplo, 90% do lixo produzido no país é destinado à geração de energia.
A expectativa é que até o ano que vem, seja instalada a primeira térmica movida a lixo do país. “O Brasil tem a tecnologia. A UsinaVerde, localizada na Ilha do Fundão (RJ) ainda é um projeto piloto, mas é um grande avanço porque prova a viabilidade da ideia”, afirma Esmeraldo.
Fonte: Elisângela Mendonça (Energia Hoje)
Postado por: Marcello Ferreira Maciel Monteiro, Grupo 4
O lixo e sua destinação devem ser considerados sem dúvida ponto importante para a fundamentação das diretrizes de um desenvolvimento sustentável. Essa discussão não pode parar se quisermos eventualmente falarmos em progresso. Valeu a Postagem.
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